Novo sistema fortalece a fiscalização, aumenta o controle e garante riqueza na região explorada.
epois de duas das maiores apreensões de ouro extraídos ilegalmente no Norte do Brasil - uma delas no Pará -, a Agência Nacional de Mineração (ANM) lançou oficialmente um sistema que prevê fortalecer a fiscalização, aumentar o controle sobre o transporte e garantir que a riqueza mineral retorne de maneira mais justa às regiões de onde é extraída, inclusive em áreas indígenas, como no caso do território paraense.
A Plataforma de Gestão de Recursos Minerais foi desenvolvida pelo Serpro e funciona em regime experimental desde março deste ano. O sistema redesenha a relação entre o Estado e o setor mineral ao reunir, em um ambiente digital único, dados, declarações e instrumentos de controle sobre a exploração dos recursos naturais do País.
No início de agosto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) descobriu o contrabando de 143 kg de ouro maciço em apenas duas apreensões. O valor é superior a R$ 80 milhões. Uma delas aconteceu no dia 6, em Altamira, no Pará, na BR-230, a Transamazônica. Na ocasião, foram apreendidos cerca de 40 quilos de ouro maciço transportados em uma caminhonete com quatro ocupantes - dois adultos, um adolescente e uma criança.
Esta foi a segunda maior apreensão da história das rodovias federais. A maior delas, no entanto, ocorreu dois dias antes, na BR-401, em Boa Vista, Roraima. Os policiais rodoviários federais encontraram 103 quilos de ouro transportados em uma caminhonete. O motorista foi detido e encaminhado junto com o material apreendido para a Polícia Federal. Os dois Estados fazem parte da Amazônia Legal e sofrem com a degradação do garimpo ilegal, principalmente em territórios indígenas.
O novo canal de relacionamento entre a agência reguladora e empresas e indivíduos que realizam pesquisa e lavra de substâncias minerais, como garimpeiros, extratores de materiais de construção civil, operadores de minas e cooperativas de garimpeiros, amplia a capacidade de fiscalização, padroniza obrigações e fortalece a arrecadação, garantindo que os frutos da atividade retornem, de maneira mais justa e transparente, para as regiões e comunidades impactadas.
Segundo Caio Mário Trivellato Seabra, diretor da ANM, a plataforma inaugura uma nova lógica de justiça fiscal no setor mineral. “Mais do que um avanço tecnológico, é um instrumento de cidadania. Estamos garantindo que cada nota fiscal reflita de forma transparente a movimentação do setor, permitindo que a riqueza mineral volte para as cidades e para a população que convive diariamente com os efeitos da mineração”, afirma.
Responsável direto pela arrecadação, o superintendente Alexandre Cássio Rodrigues destacou que a plataforma traz ganhos concretos para a gestão da CFEM. “Com ela, reduzimos a margem para inconsistências e garantimos maior rastreabilidade das informações. Isso se traduz em mais eficiência na cobrança e mais segurança para os agentes econômicos, que passam a operar em um ambiente de maior previsibilidade. O minerador é obrigado a entregar a Dief e, ao informar o CNPJ da ANM, reforça seu compromisso com a transparência e as boas práticas de governança no setor mineral, permitindo o acesso direto às informações fiscais", explica.
Outra novidade apresentada pela plataforma é a implantação do módulo que traz a versão completa da Declaração de Informações Econômico-Fiscais, o Dief, da CFEM, royalty constitucional destinado a reverter parte da riqueza mineral do país em benefício da sociedade. Antes restrita a adquirentes de Permissão de Lavra Garimpeira e participantes de Hasta Pública, a funcionalidade agora passa a atender todos os perfis regulados, abrangendo os diversos fatos geradores da compensação: comercialização, exportação, consumo e transformação de minérios.
Com a implementação plena desses mecanismos, todos os responsáveis passam a ter acesso digital e unificado para o cumprimento de suas obrigações legais. Nesse contexto, ganha destaque a exigência de preenchimento do CNPJ da ANM, conforme previsto no artigo 7º da Resolução nº 156/2024. Empresas que não observarem essa regra passarão a ser notificadas formalmente pela Agência.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
ALina Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.
Rlex Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip commodo.
Roboto Alex
21 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.